MON - Curitiba. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Levantamento do Caged revela que 291 cidades fecharam o período com mais contratações do que demissões (73%). Abertura de vagas foi puxada pelo setor de serviços.

De cada quatro municípios paranaenses, três apresentaram resultado positivo na geração de empregos em fevereiro, de acordo com o mapeamento divulgado na terça-feira (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência. A pesquisa revelou que 291 cidades fecharam o período com mais contratações do que demissões (73%); e nove ficaram zeradas (2%), ou seja, com o mesmo número de admissões e desligamentos.

O restante (99 municípios) teve desempenho negativo. Desses, porém, 39 finalizaram com até cinco cortes (40%), número facilmente reversível em um curto período de tempo.

Essa conjuntura fez com que o Paraná fechasse o mês passado com saldo de 28.506 postos de trabalho com carteira assinada, reflexo de 169.870 admissões e 141.364 demissões, melhor resultado do Sul do País – Santa Catarina criou 28.484 e o Rio Grande do Sul 25.908. No ranking nacional, apenas São Paulo (98.262) e Minas Gerais (36.677) tiveram desempenho melhor no período. Sozinho, o Paraná abriu mais vagas que duas regiões inteiras do Brasil: Nordeste (28.085) e Norte (12.727).

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o Estado tem saldo de 47.804 postos abertos, ficando atrás apenas de São Paulo (142.513) e Santa Catarina (51.906).

“Esses números comprovam a grande retomada que o Paraná vem tendo na economia. É, sem dúvida, uma demonstração de força de um Estado que vem batendo recordes em sequência. No ano passado foram mais de 172 mil vagas abertas no ano passado, algo fantástico, o melhor saldo dos últimos 18 anos”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O emprego é o maior projeto social que existe e o Paraná é o estado de gente que trabalha, essa vocação está em nosso DNA”.

CIDADES – A geração de empregos em fevereiro foi puxada por Curitiba. A Capital abriu 9.920 postos formais de trabalho no período, 35% do total. No Interior, as admissões ficaram concentradas em Maringá, que teve saldo de 1.211 vagas no período. Na sequência aparecem Cascavel (1.190), São José dos Pinhais (1.179), Londrina (848), Foz do Iguaçu (699), Ponta Grossa (626), Toledo (621), Araucária (588), Guarapuava (461) e Francisco Beltrão (446).

“Há uma descentralização na distribuição dos postos de trabalho, com a atração de diversas empresas para o Interior e um desenvolvimento igualitário em todo o Paraná”, afirmou Ratinho Junior.

SETORES – Assim como já havia ocorrido em janeiro, o setor de serviços foi quem mais contratou no mês passado. Dos 28.506 postos abertos no Paraná, 19.709 vieram da área (69%), uma das mais afetadas pelas medidas sanitárias para conter a pandemia da Covid-19.

Dentro desta ramificação, as representações ligadas à informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foram quem mais contrataram, com 10.603 vagas. Logo em seguida, com 4.968 admissões, destaque para a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

Indústria (3.264), comércio (2.596), construção (1.518) e agropecuária (1.419) também tiveram saldo positivo no período.

Chefe do Departamento do Trabalho e Estímulo à Geração de Renda da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), Suelen Glinski destacou que a evolução do setor já era esperada em razão da pandemia, que por muito tempo restringiu o acesso a alguns serviços como forma de incentivar o isolamento social.

“Em 2021 foi a indústria que se destacou na geração de empregos formais, agora o setor de serviços voltou a contratar mais. Isso é um ótimo indicador da recuperação da economia, levando em consideração que os serviços foram muito afetados pela pandemia”, afirmou.