Videoconferência com presidentes do SESCAP-PR, CRC, Sescap-Ldn e Sescap-CG enfatiza a importância da valorização dos profissionais da contabilidade


“Muitos contadores e técnicos do setor contábil esperam uma valorização profissional que não passa pelo conhecimento e isso não existe. Quem vai nos valorizar é nosso cliente a partir do nosso trabalho e de nossas ações, que vão muito além de entregar guias”, disse o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), Laudelino Jochem, nesta quarta-feira, 12 de janeiro, durante videoconferência alusiva ao Dia do Empresário Contábil, da qual participou também os presidentes do SESCAP-PR, Alceu Dal Bosco, do SESCAP Londrina, Marcelo Odetto Esquiante e do SESCAP Campos Gerais, Rubens Gomes. O evento contou com a presença online de mais de 200 profissionais e está disponível no canal do CRCPR no Youtube.

Para o presidente do SESCAP-PR, Alceu Dal Bosco, o momento atual exige uma postura dinâmica do profissional. “Não dá para o empresário contábil ficar pensando muito para tomar decisões. Com a chegada das empresas digitais, temos que fazer o nosso dever de casa e ir atrás das novidades”, disse, ao destacar que o SESCAP-PR desenvolve esse trabalho de conscientização, por meio dos seus cursos, palestras, lives, para dar suporte às empresas e suas equipes”, analisou.


Oportunidades
Dal Bosco comentou que há uma cobrança de colegas para o combate ao aviltamento dos honorários. Ele acredita que esta luta deve ser constante, mas também pontuou que o empresário precisa estar de olhos abertos para aproveitar as oportunidades dentro do SESCAP-PR.


“Ao percorrer algumas cidades, encontrei empresários que estavam contratando empresas especializadas em LGPD, enquanto que o SESCAP-PR estava oferecendo uma mentoria para capacitá-los justamente nesse segmento. Então, os empresários tem que buscar o conhecimento, olhar para dentro da sua empresa, analisar o que pode ser mudado, sem ficar esperando que alguém de diga o que fazer”, disse ao acrescentar que o papel das entidades é levar luz a esse cenário, mas cada um precisa fazer a sua parte rumo à mudança de visão para crescer no mercado.


Importância das entidades
Laudelino Jochem também destacou a relevância das entidades de representação como os SESCAPs, SESCONs e CRCPR no auxílio ao sempresários, intercedendo junto aos órgãos públicos, para tornar a profissão contábil prioritária. Ele lembrou que o Brasil é um país burocrático, com mais de três mil legislações e centenas de obrigações acessórias. “Temos uma profissão que é uma das melhores áreas para conseguir sucesso e êxito no mercado de trabalho, mas se vendermos apenas questões burocráticas nos tornaremos commodities, com o preço regulado pelo mercado. Precisamos nos unir como presidentes das entidades para simplificar os processos, ajudando o empresário a avançar nas questões estratégicas das empresas”, afirmou.


Os dirigentes pontuaram, inclusive, que toda a sociedade deveria lutar em prol da simplificação. “É difícil ouvirmos outras entidades que falem sobre redução da burocracia ou preocupadas com isso. Na Fenacon, nos SESCAPs e no CRCPR, por exemplo, fazemos um trabalho intenso nesse sentido e muitas mudanças já aconteceram. Um exemplo é o Comitê Permanente de Desburocratização, criado pelo governo do Paraná, que trouxe avanços inclusive dentro da Junta Comercial do Paraná. O Estado também ganha com isso”, disse Dal Bosco.

Contribuição Sindical: pagar por quê?
Sobre a os motivos que devem levar os empresários a fazer o recolhimento das contribuições sindicais, mesmo com a não obrigatoriedade, os dirigentes propuseram uma reflexão. Laudelino Jochem afirmou que sempre pagou a contribuição pela convicção da importância de ter um sindicato forte, principalmente, em momentos difíceis como 2020 e 2021, quando os órgãos representativos estavam à frente das demandas contábeis. “São diversos benefícios que os empresários podem usufruir e, mais do que isso, as portas dos sindicatos estão sempre abertas para sugestões”, comentou.


Contrapartida

Dal Bosco fez questão de citar que os Sindicatos que não devolvem ao empresário algum benefício não existem mais. “O SESCAP-PR tem uma luta de mais de 34 anos. Temos ações, projetos, produtos e serviços que oferecemos, com credibilidade e qualidade, na capital e no interior. Se não tivermos qualidade, não sobreviríamos. Essa discussão é mais ampla e envolve mais do que pagamento da contribuição, envolve proximidade e conexão do empresário com uma entidade que o representa nas esfera Federal, Estadual e Municipal”, completou.